Tudo passa. A preocupação também

23:00h. O seu “hoje” começou ontem a noite ao saber que alguém que você quer bem, possivelmente passará por uma cirurgia. Você se preocupou tanto! Seu estômago ficou estranho e te pareceu, mesmo que por um momento, que você não pensaria em comida tão cedo. Você chorou e notou que mesmo sem chorar seu coração estava acelerado.

Seu coração pulsava preocupação?

Ontem, essa pessoa te disse por áudio “não vá pensar você que eu tô encucada com isso não, tá ok? Eu já disse desde o começo, seja o que Deus quiser. O que for para mim, é pra mim e boa, não é mesmo?” Isso te tranquilizou um tiquinho. Mesmo assim você orou. Você conseguiu dormir. Um sono agitado, mas se saiu muito bem. Assim foi o começo do seu hoje.

Já definitivamente hoje, você se atrasou, indo para o trabalho. No caminho, na última quadra para chegar, do lado esquerdo da rua você viu algo. Primeiro achou que era outro bicho, claro que tinha que conferir. Não era. Era um pardal, caído,  as patas para cima. Parecia se esforçar, sem sucesso, para sair de onde estava.

Você quis ajudar mas você tem medo (e se atrasaria… E Daí?), você tem medo. Não viu ninguém a quem pudesse pedir ajuda pelo pássaro. Você seguiu seu caminho, ainda havia preocupação em você. Temeu que um carro passasse e o machucasse ainda mais. Novamente você orou por quem você quer bem, por ajuda para o pássaro, por perdão quanto a tua covardia. Se dedicando ao restante de sua manhã, você se concentrou e controlou o choro. “Possinha d’água”.

Na hora do almoço, indo para casa, você quase evitou passar por onde estava o pássaro. Tua covardia teve limite. Você não mudou o caminho e viu, ou melhor, não viu. Não tinha pássaro. Não tinha sinal de algo tê-lo machucado mais e nem estava no meio fio ou outro lugar. Você procurou com atenção no caminho  de ida e volta no seu horário de almoço. Você não encontrou sinal de que o tenham machucado mais.

“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Por ventura não valeis vós mais do que as aves?” (Mateus 6:26)

Coisas ruins podem ter acontecido ao pássaro e você talvez não tenha percebido. Talvez alguém o jogou no bueiro (você  temeu essa possibilidade e tantas outras)… Mas, também talvez, o tenham protegido!

Das aves Deus cuida e da humanidade também. O dia foi calmo. Você passou calmamente por ele. Você quer ser paz para quem precisar. É possível que você consiga!


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